Direto da TGS: "Dissidia" coloca "Final Fantasy" na arena

Tal como no ano passado, a produtora Square Enix priorizou os portáteis em seu estande, deixando os seus aguardados RPGs para console - casos de "The Last Remnant" e "Star Ocean 4: The Last Hope" - no estande da Microsoft. No grande espaço que a companhia separou para seus principais lançamentos, estava "Dissidia: Final Fantasy", jogo que coloca heróis e vilões da franquia "Final Fantasy" numa arena.

É um game de combate um contra um, mas a mecânica de luta pouco tem a ver com a de um "Tekken", como se poderia imaginar, mas está mais para um "Virtual On", uma série de luta de robôs da Sega. Ou seja, os lutadores são colocados dentro de um cenário, que reproduzem localidades famosas da série de RPG, com a visão quase sempre apontada para o adversário.

Existem poucos tipos de golpes. Com o botão círculo, ativa-se ataques que absorvem o "brave" do adversário, mas não causa danos físicos. O "brave" representa o poder de ataque do personagem, mas, quando um lutador tem todos os seus pontos retirados - o game chama isso de Break - sua defesa fica mais baixa, correndo risco de tomar danos altíssimos. Apenas os golpes ativados com o botão quadrado afetam a barra de energia do oponente. Uma vez conectado o golpe com sucesso, o "brave" volta para o valor mínimo, levando o jogador a buscar mais pontos com o primeiro tipo de ataque.

Como a maioria dos ataques demora a ser ativada, a estratégia básica é usar as várias técnicas de deslocamento para confundir o adversário, para depois aplicar os golpes. Além de correr, os personagens podem, por exemplo, subir por determinadas paredes (aquelas em que existe indicação), através do botão triângulo. Com o botão de defesa, pode-se realizar esquivas rápidas e um movimento que faz o lutador avançar para cima do oponente como um foguete. Naturalmente, não poderia faltar os "summons", que ativam efeitos especiais - o Ifrit, disponível no demo, aumenta em 50% os pontos de "brave". A versão final do game prevê mais de 50 dessas criaturas.

Desde o projeto "Compilation of Final Fantasy VII", a produtora Square Enix busca expandir o universo de "Final Fantasy" para outros gêneros. "Dissidia" leva a franquia para uma arena, estreando-a como um jogo de ação e combate. O título faz parte das comemorações dos 20 anos da série, mas, vendo pela demonstração da Tokyo Game Show, "Dissidia" não parece estar à altura das festividades, com uma mecânica de combate que inspira pouca competição. No entanto, vale ressaltar a boa produção, tendo os personagens baseados em imagens-conceito de Amano Yoshitaka, famoso artista que trabalhou em vários episódios do principal RPG da casa. A Square Enix fez uma boa "tradução", ao dar vida como bonecos 3D os personagens dos "Final Fantasy" anteriores ao "VII". Além disso, a trilha sonora, orquestral, está poderosa.

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